PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN (We Need To Talk About Kevin)
Drama / 110 min. / Reino Unido/ EUA / 2011
Direção: Lynne Ramsay
Roteiro: Lynne Ramsay, Rory Kinnear
Produção: Jennifer Fox, Luc Roeg, Robert Salerno
Música: Jonny Greenwood
Fotografia: Seamus McGarvey
Direção de Arte: Judy Becke
Figurino: Catherine George
Edição: Joe Bini
Elenco: Tilda Swinton (Eva Khatchadourian), Ezra Miller (Kevin, Teenager), John C. Reilly (Franklin), Siobhan Fallon (Wanda), Ursula Parker (Lucy), Jasper Newell (Kevin, 6-8 Years), Rock Duer (Kevin, Toddler), Ashley Gerasimovich (Celia), Erin Maya Darke (Assistant Rose), Lauren Fox (Dr. Goldblatt)
SINOPSE: Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer
COMENTARIO: Dylan Klebold e Eric Harris, garotos de 17 e 18 anos, que se suicidaram depois de matar 12 colegas e um professor em sua escola, no Colorado em 1999.
A escritora Lionel Shriver, estudou dezenas de casos e usou essas historias para criar a personagem Eva, uma mulher de aproximadamente 40 anos, que reexamina a sua trajetória em busca dos motivos que podem ter transformado seu filho, Kevin, num assassino.
O livro “Precisamos falar sobre Kevin” foi premiado com o Orange Prize em 2005, e foi adaptado para o cinema. Nele nos mostra que não há nada mais terno e humano que o amor de uma mãe pelo seu filho e não há nada mais duro e selvagem, um filho que rechaça, humilha e faz sofrer intencionalmente a sua mãe. Isto é o que consegue fazer com crueldade o pequeno Kevin.
A narração nos chega fragmentada a partir de imagens de uma Eva que lembra e trata de averiguar a razão de tanto ódio, enquanto que o espectador sente um drama sangrento e trágico. Importante é a cuidadosa fotografia de luzes brancas que mostram a frieza e o vermelho anuncia a dor no inicio do filme. Mas nada disso teria efeito sem o acompanhamento das convincentes interpretações de Tilda Swinton e Ezra Miller, sem desmerecer John C. Reilly e as crianças que dão vida a infância e juventude de Kevin.
Nota: 6,5
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
2 COELHOS - DVD
2 COELHOS
Drama / 104 min. / BRA / 2011
Direção: Afonso Poyart
Roteiro: Afonso Poyart
Produção: Afonso e Andre Poyart
Música: Andre Abujambra e Marcio Nicro
Fotografia: Carlos Zaladik
Direção de Arte: Virginia Recco
Figurino: Carolina Sudati
Edição: Andre Toledo, Lucas Gonzaga e Afonso Poyart
Efeitos Especiais: Sergio Farjalia
Elenco: Alessandra Negrini (Julia), Caco Ciocler (Walter), Fernando Alves Pinto (Edgar), Thaide, Aldine Muller, Marat Descartes (Maicom)
SINOPSE: Edgar (Fernando Alves Pinto) encontra-se na mesma situação que a maioria dos brasileiros: espremido entre a criminalidade, que age impunemente, e a maioria do poder público, que só age com o auxilio da corrupção. Cansado de ser vítima desta situação, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos em rota de colisão com políticos gananciosos. Na medida em que o plano de Edgar é executado, descobrimos pouco a pouco suas reais intenções e sua história, marcada por um terrível acidente e um amor que ele jamais esqueceu. Dois Coelhos é um enigmático suspense de ação onde cada minuto vale mais que todo o passado
COMENTARIO: Um filme muito bem elaborado do ponto de vista técnico com um roteiro instigante e um bom elenco. O diretor soube equilibrar os momentos de pirotecnia com o trabalho de Alessandra Negrini (Julia), Caco Ciocler (Walter), Marat Descartes (Maicon) e o protagonista, Fernando Alves Pinto.
Um destaque para Lucas Gonzaga, Afonso Poyart e André Toledo, os três responsáveis pela montagem do filme que fazem este longa ser divertido e diferente com uma linguagem que renovam as produções nacionais. Mesmo já vistos em outros filmes hollywoodianos, é interessante a apresentação dos personagens envolvidos na trama. Os efeitos especiais e a edição de som também dão o impacto certo ao filme. Enfim, um bom filme de ação, com pitadas de suspense, romance, alem de falar sobre a importância da morte nesta vida. Eu me diverti porque assisti em idioma brasileiro com legenda em inglês
Nota: 7,5
Drama / 104 min. / BRA / 2011
Direção: Afonso Poyart
Roteiro: Afonso Poyart
Produção: Afonso e Andre Poyart
Música: Andre Abujambra e Marcio Nicro
Fotografia: Carlos Zaladik
Direção de Arte: Virginia Recco
Figurino: Carolina Sudati
Edição: Andre Toledo, Lucas Gonzaga e Afonso Poyart
Efeitos Especiais: Sergio Farjalia
Elenco: Alessandra Negrini (Julia), Caco Ciocler (Walter), Fernando Alves Pinto (Edgar), Thaide, Aldine Muller, Marat Descartes (Maicom)
SINOPSE: Edgar (Fernando Alves Pinto) encontra-se na mesma situação que a maioria dos brasileiros: espremido entre a criminalidade, que age impunemente, e a maioria do poder público, que só age com o auxilio da corrupção. Cansado de ser vítima desta situação, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos em rota de colisão com políticos gananciosos. Na medida em que o plano de Edgar é executado, descobrimos pouco a pouco suas reais intenções e sua história, marcada por um terrível acidente e um amor que ele jamais esqueceu. Dois Coelhos é um enigmático suspense de ação onde cada minuto vale mais que todo o passado
COMENTARIO: Um filme muito bem elaborado do ponto de vista técnico com um roteiro instigante e um bom elenco. O diretor soube equilibrar os momentos de pirotecnia com o trabalho de Alessandra Negrini (Julia), Caco Ciocler (Walter), Marat Descartes (Maicon) e o protagonista, Fernando Alves Pinto.
Um destaque para Lucas Gonzaga, Afonso Poyart e André Toledo, os três responsáveis pela montagem do filme que fazem este longa ser divertido e diferente com uma linguagem que renovam as produções nacionais. Mesmo já vistos em outros filmes hollywoodianos, é interessante a apresentação dos personagens envolvidos na trama. Os efeitos especiais e a edição de som também dão o impacto certo ao filme. Enfim, um bom filme de ação, com pitadas de suspense, romance, alem de falar sobre a importância da morte nesta vida. Eu me diverti porque assisti em idioma brasileiro com legenda em inglês
Nota: 7,5
sábado, 21 de abril de 2012
O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS - DVD
O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS (Tinker Tailor Soldier Spy)
Suspense / 127 min / França / Reino Unido / Alemanha / 2011
Direção: Tomas Alfredson
Roteiro: Bridget O´Connor, Peter Straughan baseado no livro de John Le Carré
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner e Robyn Slovo
Música: Alberto Iglesias
Fotografia: Hoyte van Hoytema
Direção de Arte: Maria Djurkovic
Figurino: Jacqueline Durran
Edição: Dino Jonsäter
Elenco: Mark Strong (Jim Prideaux); John Hurt (Control); Zoltán Mucsi (Magyar); Péter Kálloy Molnár (Hungarian Waiter); Ilona Kassai (Woman in Window); Imre Csuja (KGB Agent); Gary Oldman (George Smiley); Toby Jones (Percy Alleline); David Dencik (Toby Esterhase); Colin Firth (Bill Haydon), Tom Hardy (Ricki Tarr), Benedict Cumberbatch (Peter Guillam), Stephen Graham (Jerry Westerby), Ciarán Hinds (Roy Bland).
SINOPSE: Anos de 1970, em plena era da Guerra Fria. É nesse cenário que o fracasso numa missão na Hungria desencadeia uma série de mudanças na cúpula do comando dos serviços de inteligência britânicos. Um que perde suas funções é o agente George Smiley (Gary Oldman). Mas quando ele já está se acostumando à idéia de aposentadoria, eis que é chamado para liderar uma missão especial. Há suspeitas de que existe alguém infiltrado nas altas instâncias do serviço secreto e somente uma pessoa de fora pode descobrir. Contando com a ajuda de outros agentes afastados, Smiley passa a obter informações e deve ir juntando as peças que levem ao traidor. No caminho, no entanto, ele irá se deparar com histórias de traição, ambição e mentiras. George precisa indicar o espião e não pode errar
COMENTARIO: Ponto alto do filme é o roteiro inteligente e complexo, sem cenas de perseguição, lutas e explosões que nomalmente vistos nos filmes do gênero espionagem da saga 007 com Pierce Brosnan, Sean Connery ou Daniel Craig ou com Tom Cruise nas séries Missão Impossível. Este é uma verdadeira batalha entre agentes de inteligência.
No inicio se demora para comprender o momento real com os diversos flash-back mostrados ora durante a narração ora durate as lembraças dos personagens.
Esta não-linearidade e a subjetividade do roteiro complexo com algumas cenas, sem explicação, exigem do espectador boa percepção e requerem máxima atenção. Um cochilo ou uma legenda não lida pode perder-se o fio da meada.
Gary Oldman da um show e o resto do elenco não decepciona.
Uma boa trilha sonora composta por Alberto Iglesias e um ótimo trabalho de fotografia de Tomas Alfredson com Hoyte van Hoytema nas cidades da Europa oriental como nos interiores lúgubres das diferentes moradias e fechada do Circus, passando pelas escrivaninhas das secretárias, escadas abaixo, até o velho porteiro diante da catraca do prédio. e os quadros de vitrines e janelas,
Os óculos George Smiley trocados no início do filme possivelmente para enxergar o novo mundo que começa e que não tira nem para nadar.
Enfim, um ótimo filme
Nota 9
Suspense / 127 min / França / Reino Unido / Alemanha / 2011
Direção: Tomas Alfredson
Roteiro: Bridget O´Connor, Peter Straughan baseado no livro de John Le Carré
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner e Robyn Slovo
Música: Alberto Iglesias
Fotografia: Hoyte van Hoytema
Direção de Arte: Maria Djurkovic
Figurino: Jacqueline Durran
Edição: Dino Jonsäter
Elenco: Mark Strong (Jim Prideaux); John Hurt (Control); Zoltán Mucsi (Magyar); Péter Kálloy Molnár (Hungarian Waiter); Ilona Kassai (Woman in Window); Imre Csuja (KGB Agent); Gary Oldman (George Smiley); Toby Jones (Percy Alleline); David Dencik (Toby Esterhase); Colin Firth (Bill Haydon), Tom Hardy (Ricki Tarr), Benedict Cumberbatch (Peter Guillam), Stephen Graham (Jerry Westerby), Ciarán Hinds (Roy Bland).
SINOPSE: Anos de 1970, em plena era da Guerra Fria. É nesse cenário que o fracasso numa missão na Hungria desencadeia uma série de mudanças na cúpula do comando dos serviços de inteligência britânicos. Um que perde suas funções é o agente George Smiley (Gary Oldman). Mas quando ele já está se acostumando à idéia de aposentadoria, eis que é chamado para liderar uma missão especial. Há suspeitas de que existe alguém infiltrado nas altas instâncias do serviço secreto e somente uma pessoa de fora pode descobrir. Contando com a ajuda de outros agentes afastados, Smiley passa a obter informações e deve ir juntando as peças que levem ao traidor. No caminho, no entanto, ele irá se deparar com histórias de traição, ambição e mentiras. George precisa indicar o espião e não pode errar
COMENTARIO: Ponto alto do filme é o roteiro inteligente e complexo, sem cenas de perseguição, lutas e explosões que nomalmente vistos nos filmes do gênero espionagem da saga 007 com Pierce Brosnan, Sean Connery ou Daniel Craig ou com Tom Cruise nas séries Missão Impossível. Este é uma verdadeira batalha entre agentes de inteligência.
Enfim, um ótimo filme
Nota 9
BASTIDORES DE UM CASAMENTO - DVD
BASTIDORES
DE UM CASAMENTO (Another Happy Day)
Drama
/ 119 min. / EUA / 2011
Direção: Sam Levinson
Roteiro: Sam Levinson
Roteiro: Sam Levinson
Produção: Caroline Kaplan, Christo Dimassis, Cynthia
Coury, Elana Krausz, Ellen Barkin, Michael Nardelli, Salli Newman
Música: Olafur Arnalds
Fotografia: Ivan Strasburg.
Música: Olafur Arnalds
Fotografia: Ivan Strasburg.
Direção de Arte: Michael Grasley
Figurino: Stacey Battat
Edição: Ray Hubley
Elenco: Ellen Barkin (Lynn); Ezra Miller (Elliot); Kate Bosworth (Alice); Demi Moore; Thomas Haden; Church (Paul); George Kennedy; Ellen Burstyn (Doris); Michael Nardelli (Dylan); Daniel Yelsky (Ben); Jeffrey DeMunn; Siobhan Fallon (Bonnie); Robert Herrick (Rob); Lauren Maddox (Allison); Patrick McDade (Padre O'Grady); Laura Coover (Heather).
Elenco: Ellen Barkin (Lynn); Ezra Miller (Elliot); Kate Bosworth (Alice); Demi Moore; Thomas Haden; Church (Paul); George Kennedy; Ellen Burstyn (Doris); Michael Nardelli (Dylan); Daniel Yelsky (Ben); Jeffrey DeMunn; Siobhan Fallon (Bonnie); Robert Herrick (Rob); Lauren Maddox (Allison); Patrick McDade (Padre O'Grady); Laura Coover (Heather).
SINOPSE:
A história gira em torno do casamento do filho de Lynn (Ellen Barkin), a quem
ela foi impedida de criar por causa de seu divórcio, e de uma rixa antiga e
ainda forte entre ela e a mulher do seu ex-marido. Por outro lado, os três
filhos que Lynn criou mostram comportamentos perturbadores, entre eles o
consumo de droga; o que a mãe e as irmãs de Lynn acham ridículos e a culpam por
isto. Os outros membros do clã viram críticos para proteger a si próprios ou
magoar os outros.
COMENTARIO:
A personagem Lynn, muito bem interpretada por Ellen Barkin, é quase um pesadelo
tendo que enfrentar o julgamento e a sensação de fracasso na criação seus
quatro filhos com distúrbios de comportamento, os quais ela tenta achar um
motivo para entender se é a culpada. No elenco também estão Ellen Burstyn como
mãe de Lynn, Thomas Haden Churc como o ex-marido e Demi Moore como sua esposa violenta
e descontrolada.
O
diretor e roteirista Sam Levinson, trata o assunto com muito cuidado mostrando que
uma história bem contada pode dar um bom filme.
Insinua
que um velório pode unir a família mais que um casamento e nos mostra personagens
muito problemáticos, com alguns ótimos diálogos e alguns ate chegando a ser meio mórbidos. Faz lembrar os filmes Cenas de um casamento” e “Casamento
de Rachel”.
Enfim,
um belo drama lançado direto em vídeo no Brasil.
Nota:
7,5
sábado, 14 de abril de 2012
CRIME DE AMOR - DVD

Suspense / 104 min. / França / 2010
Direção: Alain Corneau
Roteiro: Alain Corneau & Natalie Carter
Produção: Said Bem Said
Música: Pharoah Sanders
Fotografia: Yves Angelo
Direção de Arte: Katia Wyszkop
Figurino: Kadija Zeggai
Edição: Thierry Derocles
Elenco: Ludiv Ludivine Sagnier (Isabelle Guérin); Kristin Scott Thomas (Christine); Patrick Mille (Philippe); Guillaume Marquet (Daniel); Gérald Laroche (Gérard); Julien Rochefort (L'avocat); Olivier Rabourdin (Le juge); Marie Guillard (Claudine), la soeur d'Isabelleine Sagnier (Isabelle Guérin); Kristin Scott Thomas (Christine); Patrick Mille (Philippe); Guillaume Marquet (Daniel); Gérald Laroche (Gérard); Julien Rochefort (L'avocat); Olivier Rabourdin (Le juge); Marie Guillard (Claudine, la soeur d'Isabelle).
SINOPSE: A cruel executiva Christine faz de Isabelle sua assistente e se delicia em brincar com a inocência da garota. Mas quando as idéias da protegida se tornam tentadoras para mostrar Christine como realmente é ela subestima a ambição e a astúcia de Isabelle. Aí, o terreno está armado para uma verdadeira guerra entre elas.
COMENTARIO: No inicio a um jogo de sedução entre as atrizes principais do filme no qual se poderia pensar que seria um filme sobre lesbianismo, mas não é também não trata de amor e sim de ressentimentos provocados por sede de poder.
Ludiv Ludivine Sagnier e Kristin Scott Thomas são os que mais se destacam no filme junto com os coadjuvantes Patrick Mille e Guillaume Marquet.
Uma ótima edição mostrando o flashback nos tonos cinza
Este bom thriller psicológico é o último trabalho do francês Alain Corneau falecido após dirigir este filme. Esta-se cogitando uma refilmagem hollywoodiana com Brian De Palma já em fase de pré-produção.
Faz lembrar o filme Persona (1966), obra-prima de Ingmar Bergman O Preço da Traição (Chloe, 2009
Nota: 8
Alain Corneau, filho de um veterinário campestre, quis fazer uma carreira no jazz, mas findou estudando cinema.
Seus últimos filmes: O Príncipe do Pacífico (2000); Estupor e tremores (2002); As Palavras azuis (2005); O Segundo Fôlego (2007) e Crime de amor (2010).
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