o filme “O Som ao Redor” de Kleber Mendonça Filho
com a mediadora jornalista e professora universitária Carmen Cagno.
Tivemos uma curta apresentação do Rubens Edwald Filho, que veio de São Paulo a Ribeirão sem saber a pauta do evento e retirou se após alguns minutos.
Sobre o Documentário, Camilo Tavares comentou da preocupação de fazer um roteiro neutro , sem influenciar o espectador,
mas o que valorizou foram as imagens e gravações resgatados pelo pai dele, jornalista naquela época, dos diálogos entre John F. Kennedy e o Embaixador Americano no Brasil
sobre os temores e suspeitas do perigo eminente do então presidente João Goulart, em permitir a entrada do comunismo na America do Sul, após a entrada do mesmo em Cuba.
O Kleber Mendonça Filho, comentou que sempre teve a ideia de produzir um filme, visando o dia a dia da classe media pernambucana de Recife, sua terra natal.
Uma sociedade convivendo com o medo da violência e suportando os múltiplos sons: ruídos externos da rua, animais, vizinhos e eletrodomésticos.
Salientou que o custo de produção dos filmes é elevado, mas contornáveis e ajudados com os diversos incentivos. Mas o maior vilão está após terminar o filme e é o custo da distribuição do mesmo e os requisitos a cumprir para as diversas redes de cinemas. Sobre a técnica de filmagem captando apenas os ruídos e sons do ambiente com apenas um suave e tímida musica, perguntei se teve alguma influencia a técnica do DOGMA 95 utilizada numa época no cinema europeu. Respondeu que caso tiver alguma semelhança, seria pura coincidência, porque os sons e ruídos foram produzidos com muito trabalho e introduzidos artificialmente. Enfim, com muita agilidade e dinâmica, Carmen Cagno conseguiu com sucesso, mediar os dois cineastas com o público de Ribeirão Preto.
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