Drama / 119 min. / Dinamarca, Suécia / 2010
Direção: Susanne Bier
Roteiro: Anders Thomas Jensen
Produção: Sisse Groum Jorgensen
Música: Johan Söderqvist
Fotografia: Morten Soborg
Figurino: Manon Rasmussen
Edição: Pernille Bech Christensen e Morten Egholm
Efeitos Especiais: Dansk Speciel Effekt Service
Elenco: Mikael Persbrandt (Anton) ; Trine Dyrholm (Marianne) ; Ulrich Thomsen (Claus) ; William Johnk Nielsen (Christian) ; Markus Ryggard (Elias) ; Wil Johnson (Laege) ; Eddy Kimani (Laege) ; Emily Mglaya (Sygeplejeske) ; Gabriel Muli (Tolk) ; Satu Helena Mikkelinen (Hanna) ; Camilla Gottlieb (Eva) ; Martin Buch (Niels) ; Toke Lars Bjarke (Morten) ; Anette Stovelbaek (Hanne).
SINOPSE: Anton (Mikael Persbrandt) é um médico que trabalha em um campo de refugiados na África. Ele divide seu tempo entre os dias que passa trabalhando e outros em casa, em uma pacata cidade na Dinamarca. Anton tem dois filhos com Marianne (Trine Dyrholm), de quem está se separando contra a vontade. Elias (Markus Ryggard), seu filho mais velho, sofre com a perseguição no colégio de um garoto maior que ele. A situação muda quando conhece Christian (William Johnk Nielsen), que perdeu a mãe recentemente e acaba de se mudar para o local. Após defender Elias, Christian é agredido. Como vingança, dá uma surra no garoto e o ameaça com uma faca. A partir de então Elias e Christian se tornam grandes amigos. Só que um plano de vingança mais ousado coloca em risco a vida de ambos
COMENTÁRIO: Interessante como Susanne Bier compara a realidade cruel de um fim de mundo africano com os problemas cotidianos suecos e dinamarqueses.
Num primeiro momento, chega a se pensar que o bulling seria o tema do filme com suas formas de violência física e moral. Mas não, no filme a diretora usa as famílias de Elias e Cristian em diversos caminhos da violência do mundo atual.
O filme faz refletir, sobre os ideais levantados por Anton e a dificuldade em serem aplicados no dia a dia. “ É preciso que os outros saibam de sua vitória. É assim que nasce o medo e o respeito.”
Tudo o que não é dito vai se transformado sob a forma de ódio e ira explodir em algum momento e mostra a importância da educação dos filhos em casa e não na escola.
Uma avó instala inocentemente a uma criança vingativa o “internet no quarto", o avô guardava fogos de artifício no galpão, pais que se separam e as crianças que se refugiam num terraço de um edifício precário.
Boas atuações dos jovens William Johnk Nielsen (Christian) e Markus Ryggard (Elias). Cada um deles retrata bem os problemas pessoais de seus personagens.
Um filme com um bom roteiro dirigido com sobriedade e eficiência,
“Em um Mundo Melhor” ganhou o Oscar e foi indicado ao Globo de Ouro de Filme Estrangeiro (língua não inglesa), representando a Dinamarca em 2011
Nota: 8,5
Susanne Bier nasceu em 15 de abril, 1960 em Copenhagen, Dinamarca de pais judeus. Ela estudou arte e arquitetura na Universidade de Jerusalém antes de sua aceitação à Escola Nacional de Cinema da Dinamarca , de onde ela se formou em 1987.
Ela passou a dirigir vários filmes na Dinamarca e na Suécia , seu primeiro sucesso comercial sendo a comédia romântica The One and Only em 1999. Mais tarde, filmes incluem Irmãos (2004), After the Wedding (2006) e Em um Mundo Melhor (2010) que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro . Coisas que perdemos no Caminho (2007) é seu único filme americano até à data, no entanto, foi recentemente anunciado que ela vai dirigir a adaptação americana da Rapt .
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