Drama-guerra-policial / 138 min / França, Argélia, Bélgica / 2010.
Direção: Rachid Bouchareb
Roteiro: Rachid Bouchareb
Produção: Jean Bréhat
Música: Armand Amar
Fotografia: Christophe Beaucarne
Direção de Arte: Yan Arlaud
Figurino: Stéphane Rollot e Edith Vesperini
Edição: Yannick Kergoat
Efeitos Especiais: Chauvet Florian (coordenador)
Elenco: Jamel Debbouze (Saïd); Roschdy Zem (Messaoud); Sami Bouajila (Abdelkader); Bernard Blancan (Coronel Faivre); Sabrina Seyvecou (Hélène); Assaad Bouab (Ali); Thibault de Montalembert (Morvan); Jean-Pierre Lorit (Picot).
SINOPSE: Expulsos de suas terras na Argélia, três irmãos e sua mãe veem-se obrigados a se separar. Messaoud se alista na Indochina. Em Paris, Abdelkader se põe à Frente de Libertação Nacional (FLN), movimento pela independência da Argélia e Said faz fortuna nos cassinos e nos clubes de boxe de Pigalle. Seu destino, selado em torno do amor de uma mãe, se mesclará com o de uma nação que luta pela sua liberdade.
COMENTARIO: “Fora da Lei” é um filme argelino que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010. É um épico familiar que tem como pano de fundo a luta pela independência da Argélia da dominação francesa, que só veio a acontecer em 1962.
A indicação argelina ao Oscar de filme estrangeiro irritou os franceses, A inconformidade veio porque a produção francesa “Homens e Deuses” (Des Hommes et des Dieux, 2010), que aborda o mesmo tema sob outra ótica e que havia ganhado o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2010, foi ignorada pela Academia de Artes e Ciência Cinematográficas de Hollywood.
No “Dia da Libertação da Argélia” em 17 de outubro de 1961, em Paris as autoridades reprimiram brutalmente uma manifestação pacífica de argelinos na França. Este episodio censurado na TV, mas a través de um repórter holandês pode ser assistido num documentário holandês. A boa reconstituição de época, “Fora da Lei” monta um belo painel histórico de uma época, ótima fotografia traz para a tela um clima nostálgico das décadas de 1930, 40 e 50: os cenários da capital francesa, seus subúrbios e um figurino impecável
O trio de anti-heróis é o mesmo que Bouchareb usou em seu filme de guerra Dias de Glória: Jamel Debbouze, Roschdy Zem e Sami Bouajila, mas incluindo sem decepcionar, os valores da família, com excelentes atuações dos três atores principais.
Nota: 7
Rachid Bouchareb de origem argeliano nasceu em 01 de setembro de 1953 perto de Paris.
De 1977 a 1983, ele trabalhou como assistente de direção para a empresa francesa de produção de televisão estatal. Sua estréia no cinema foi destaque em 1985 com “Baton Rouge”.
Em “Dias de Gloria” recebeu em 2006 nomeação como Melhor Filme Estrangeiro e também ganhou prêmios no Festival de Cannes 2006. Além de sua carreira como diretor, Rachid Bouchareb é também um produtor de cinema e roteirista alias ele foi o roteirista de todos os seus filmes.
Seu filme, Hors-la-loi, concorreu para a Palme d'Or no Festival de Cannes em maio de 2010. Foi à entrada da Argélia para o Melhor Filme de Língua Estrangeira e na Academia e foi um dos cinco indicados para a final 2006: Dias de Glória; 2008: Niloofar; 2009: London River; 2010: Fora da Lei (francês: Hors-la-loi).
Nenhum comentário:
Postar um comentário